Balanço e desequilíbrios da água corporal
Balanço da água
A água é o mais abundante componente do fluido corporal e é exigido numa quantidade apropriada para o correto funcionamento do corpo.
O balanço hídrico nada mais é do que a computação das entradas e saídas de água de um sistema, sendo assim, o balanço hídrico corporal é o saldo da quantidade de líquido que entra e da que sai do indivíduo em um determinado intervalo de tempo.
Diariamente uma pessoa ganha e perde água por diferentes meios. Para que a quantidade de água no corpo seja preservada, isto é que tenha sempre a mesma proporção, é imperativo que os ingressos sejam equivalentes as perdas, uma vez que que o desequilíbrio induz ao aparecimento de alterações orgânicas sistêmicas que poderá por em risco a vida do individuo.
Ganhos de água (entrada)
Ganhos normais
O total de entrada de água habitual requerido pelo organismo de um homem adulto hígido é em média de 2500 ml (variação de 1800 a 3000 ml). Deste total aproximadamente:
- 1500 ml/dia correspondem a líquidos ingeridos
- 800 ml/dia como componente hídrico dos alimentos sólidos ingeridos
- 200 ml/dia constituído de água metabólica proveniente do metabolismo celular (oxidação)
Ganhos extraordinários:
Via Venosa
- Soluções intravenosas (IV)
- Nutrição parenteral total (NPT)
- Transfusão sanguínea
- Uso de coloides
Via Nasogástrica
- Sonda para alimentação
- Administração de medicamentos e líquidos
Perdas de água (saída)
Fontes normais
As perdas de água se processam através dos rins, pulmões, pele e trato gastrointestinal, podendo ser rotulada como sensível ou insensível.
O rim excreta aproximadamente 1500 ml/ dia de água sob o formato de urina. O rim é o principal determinante do equilíbrio de água e descarta ao menos 500 ml de urina ao dia necessária para a eliminação de solutos urinários, provenientes das excretas metabólicas.
A pele perde aproximadamente 200 ml/dia através da perspiração sensível (suor), contudo esta quantidade é altamente variável, pois depende da temperatura ambiente e da pratica de exercícios físicos vigorosos.
Como a maior parte de água produzida pelo trato gastrointestinal é absorvida. As fezes normais contêm 70% de água, as fezes duras entre 40 e 60% e em estados de diarreia as perdas de água são maiores. A quantidade de água contida nas fezes corresponde a aproximadamente a 200 ml/dia.
Perda insensível de água não é visível ou mensurável. Perda insensível de água ocorre através da perspiração e da respiração.
A pele perde aproximadamente 400 ml por dia através de evaporação (perspiração insensível), sendo esta quantidade amplamente variável dependente da temperatura ambiente e da presença de febre no individuo.
Aproximadamente 300 ml de água são perdidas através da respiração. Um aumento na frequência ou na profundidade do ciclo respiratório aumentará a perda de água.
Fontes anormais
Fontes anormais de perda de água incluem:
- Processo patológico que cause diarreia ou vômitos
- Diurese excessiva
- Sudorese excessiva
- Inserção de dreno cirúrgico
- Hiperventilação (aumento das perdas de vapor de água através dos pulmões)
- Trauma (pode causar sangramentos anormais ou hemorragias)
- Queimaduras (pode causar perda de área extensa da pele com perda sérica)
- Certos medicamentos (a exemplo dos diuréticos – produz aumento de perdas urinarias; antibióticos – pode causar diarreia como efeito colateral)
Balanço
O fornecimento de água é necessário para repor o que o corpo perde através das funções diárias normais. É preciso repor esta perda a fim de prevenir a desidratação.
Em constante renovação, uma pessoa adulta perde diariamente, em condições normais, uma média de 2,5 l de água, sendo assim, deveria, pelo menos, beber, estes dois litros e meio diariamente, para evitar a desidratação. Cerca de um litro é provido, cada dia, pelos alimentos, fruta e hortaliças. O resto é fornecido pelo consumo de seis a oito copos de água diariamente.
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