domingo, 28 de abril de 2013

Aula 18 - Hipocalemia

Transtornos Hidroeletrolíticos

Hipocalemia

Descrição

Concentração de potássio menor que 3,5 mEq/l.

Classificação

  • Moderada: 3 – 3,5 mEq/l
  • Importante: 2,5 –3 mEq/l
  • Grave: < 2,5 mEq/l

Etiologia

  • Fornecimento insuficiente (jejum)
  • Vômitos severos, excessiva aspiração naso-gástrica
  • Acidose tubular renal
  • Diuréticos
  • Laxativos, lavagem intestinal, diarreias, má absorção, fístulas, etc.
  • Terapia esteroide
  • Insuficiência hepática, cirrose
  • Alcaloses
  • Uso de Insulina + Glicose

Sinais e sintomas

  • Musculatura lisa: Constipação, distensão abdominal, íleo
  • Musculatura estriada: Fraqueza, Hipotonia, perda dos reflexos tendinosos. paralisia flácida
  • Musculatura cardíaca: Hipotensão, pulso irregular, arritmias cardíacas podem ocorrer com baixos níveis de potássio: extrassístole ventricular, taquicardia atrial, taquicardia nodal, taquicardia ventricular, fibrilação ventricular, parada cardíaca em sístole
  • Sistema Nervoso: Apatia, desorientação, hipo ou arreflexia, coma
  • Hipocalemia severa: paralisia respiratória
  • Alcalose metabólica

Mudanças do ECG

Os seguintes achados são encontrados na hipocalemia moderada ou severa:

  • Onda T reduzida, assume aspecto difásico ou inversão
  • Onda U elevada
  • Onda P proeminente
  • Prolongamento do intervalo PR
  • e/ou depressão do segmento ST

Tratamento

Inclui a administração oral ou intravenosa de potássio, dependendo da severidade.

Nunca isolado. Sempre com grande quantidade de líquidos. O potássio nunca deverá ser feito diretamente na veia ou em “bolus”, pois isto poderá determinar arritmias cardíacas com risco de vida ou morte.

Para paciente com hipocalemia induzida por diuréticos, e o mesmo for necessário, trocá-lo por um diurético poupador de potássio (Ex.: espironolactona – Aldactone A).

Só repor quando:

  • Hidratação satisfatória
  • Boa diurese (> 700 ml/24 h.)
  • Densidade urinária > 1017
  • Não ultrapassar 20 mEq/h, 200 mEq/24 h
  • Ideal: 0,2 mEq/Kg/h
  • Quando necessário infundir em grande quantidade:
    • Monitorizar o paciente (E.C.G
    • Dosar o potássio sérico 3/3 h

Regra prática para cálculo do déficit de potássio: subtrair 4,5 mEq/l (valor normal do potássio) do valor encontrado e multiplicar por um número constante = 70.

Ex. Paciente adulto jovem do sexo masculino, 60 Kg com dosagem de potássio sérico = 2,5 mEq/l.

Déficit de potássio = 4,5 – 2,5 = 2. Multiplicando-se por 70 obtêm como resultado 140 mEq, que é o total de potássio a ser reposto.

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